domingo, 1 de janeiro de 2012

OS 50 NOMES QUE MARCARAM O ANO DE 2011.

Amy Winehouse: Em janeiro a cantora inglesa veio ao Brasil e fez shows marcados pela irregularidade, tanto em sua voz quanto em seu comportamento. Meses mais tarde, em julho, Amy morreu em Londres aos 27 anos, deixando como último registro Body and Soul, um dueto com o cantor Tony Bennett. Em dezembro, Lioness, uma coletânea de sobras de estúdio, foi lançada, chegando ao primeiro lugar da parada britânica.


Anders Behrinq Breivik: No dia 22 de julho, oito pessoas foram mortas na explosão de um automóvel em Oslo, na Noruega. Paralelamente, na ilha de Utøya, outras 69 pessoas morreram, e 66 ficaram feridas quando Anders Behring Breivik atirou contra um acampamento juvenil do Partido Trabalhista Norueguês. Apesar de assumir a autoria do atentado, no tribunal, Breivik se declarou inocente por “não reconhecer o sistema judiciário da Noruega”.

Anderson Silva: No ano em que o MMA finalmente conquistou de vez o Brasil, nenhum nome foi mais celebrado que o de Anderson Silva. Detentor do título dos pesos médios no UFC, o “Spider” defendeu seu título em duas ocasiões, derrotando Vítor Belfort com um devastador chute no queixo, e Yushin Okami, durante o UFC 134, realizado no Rio de Janeiro. Além disso, se tornou um poderoso garoto-propaganda, estrelando diversos comerciais.



Angela Merkel: Enquanto as estruturas do euro tremiam, e os países periféricos do bloco econômico se desesperavam, a chanceler alemã se mostrou praticamente inabalável na sua tarefa de garantir a sobrevivência da moeda única europeia. Eleita pela Forbes a mulher mais poderosa do planeta, a “Madame No” continua a desafiar os pessimistas apocalípticos que prevêem o colapso europeu, e não dá sinais de que cederá à pressão que a envolve por todos os lados.



Anonymous: O grupo de hackers ganhou as páginas dos jornais quando começou uma operação para vingar a prisão de Julian Assange, cérebro por trás do WikiLeaks, no ano passado. Em 2011, hackers foram presos nos Estados Unidos, na Holanda, na Austrália, no Reino Unido, na Espanha e na Turquia, por ações ligadas ao grupo, que se manteve divulgando seu lema “Não perdoamos. Não esquecemos. Somos anônimos”.


Aung San Kyi: Depois de deixar sua prisão domiciliar, em novembro do ano passado, a ativista birmanesa reencontrou seu filho Kim pela primeira vez em 10 anos, ressuscitou seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, e recebeu a visita de ninguém menos que a Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. A vida de Suu Kyi foi levada às telas em 2011, pelo diretor francês Luc Besson, em The Lady, estrelado por Michelle Yeoh, de O Tigre e o Dragão.


Barack Obama: Depois de um 2010 marcado por críticas ferozes, um vazamento de petróleo no Golfo do México, e muita desconfiança sobre o futuro de seu governo, o presidente norte-americano teve um 2011 menos caótico, mas ainda assim longe dos dias gloriosos da campanha de 2008. O debate sobre o teto da dívida, na qual o presidente saiu derrotado pelos congressistas republicanos pode ter arranhado sua imagem, mas a morte de Osama bin Laden, e o anúncio da retirada das tropas norte-americanas do Iraque deram a Obama um novo fôlego para um 2012 de campanha eleitoral.


Bashar Assad: Com protestos se espalhando por todo o mundo árabe, não demorou muito até que a Síria se tornasse palco de manifestações exigindo o fim do regime de Bashar Assad. Diferentemente de países como o Egito, a Tunísia e a Líbia, nos quais as manifestações conseguiram derrubar antigos ditadores, na Síria, a luta pelo fim do governo de Assad ainda não terminou, e há relatos de que o número de mortos tenha chegado a 4 mil.


Binyamin Netanyahu: O estilo linha-dura do primeiro-ministro israelense agradou a população mais ortodoxa do país, mas incomodou boa parte do resto do mundo, que o enxerga como o maior empecilho para uma normalização da relação entre israelenses e palestinos. Depois de se declarar favorável a um retorno às fronteiras israelenses de 1967, Netanyahu voltou atrás, e revidou a tentativa unilateral dos palestinos de obter reconhecimento de seu Estado, anunciado a aceleração de assentamentos judaicos na porção oriental de Jerusalém. No fim do ano, uma conversa entre Nicolas Sarkozy e Barack Obama revelou o descontentamento dos líderes mundiais com Netanyahu.


Bradley Manning: O soldado preso no Iraque por passar informações ao site WikiLeaks foi notícia durante o ano inteiro. Preso em Fort Lavenworth, no Kansas, Manning – que foi um dos 241 candidatos ao Prêmio Nobel da Paz em 2011 – atualmente corre o risco de ser condenado à prisão perpétua. Paralelamente, nomes como o cineasta Michael Moore e o jornalista Daniel Ellsberg se juntaram à rede de apoio ao soldado, e o grupo de hackers Anonymous ameaçou atrapalhar as atividades da base Quantico de fuzileiros navais no estado da Virgínia.


Charlie Sheen: O ator, famoso por seu histórico de abuso de álcool e drogas, e seu estilo de vida frenético, foi despedido de seu papel de protagonista na série Two and a Half Men. Seu personagem, que levava o primeiro nome e a péssima reputação do ator, foi morto, o que impediu seu retorno ao seriado. Munido de duas namoradas, Sheen embarcou numa turnê com seu espetáculo de comédia, que teve todos os ingressos vendidos em 18 minutos, e marcou presença nos programas de rádio norte-americanos, criticando seus antigos empregadores, e afirmando ter “sangue de tigre” correndo em suas veias.


Christine Lagarde: A primeira mulher a se tornar ministra da Economia num dos países do G8 também se tornou a primeira a comandar o Fundo Monetário Internacional. Após o escândalo que afastou Dominique Strauss-Kahn do cargo, Lagarde assumiu o FMI em meio a uma terrível crise na zona do euro, elogiando seu antecessor e clamando por uma maior união entre os países europeus.


Christopher Hitchens: O autor de Deus Não é Grande, e feroz crítico das religiões organizadas, sucumbiu a um câncer de esôfago no último dia 15 de dezembro, e mesmo em seus últimos meses de vida, continuou a causar polêmica. Num artigo publicado em novembro na New Statesman, George Eaton se referiu a Hitchens como “alguém que gostaria de ser lembrado como um homem que lutou contra o totalitarismo, embora a maioria das pessoas vá se lembrar dele como o homem que defendeu a Guerra do Iraque – e não como o homem que apoiou os muçulmanos bósnios no conflito dos Bálcãs – e como um esquerdista que se virou para a direita”.


Cristina Kirchner: Após a morte de seu marido, Néstor Kirchner, a presidente argentina se recuperou e garantiu uma reeleição nas eleições de outubro. Nos últimos meses, a líder do Partido Justicialista voltou às páginas da imprensa por sua dedicação por seus esforços para reforçar a comunidade científica do país, pela ocupação policial do prédio da Cablevisión, uma empresa do grupo Clarín, e por ser mais uma líder sul-americana a sofrer de câncer.


Dilma Rousseff: Começou o ano entrando para a história como a primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil. E continuou o ano se tornando a primeira mulher a abrir uma Assembleia-Geral da ONU, onde fez um elogiado discurso, pedindo a inclusão da Palestina na Organização, e a participação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança. Eleita a 3ª mulher mais poderosa do planeta, Dilma passou seu primeiro ano como presidente fazendo uma “faxina” ministerial, e parece estar se livrando da sombra de seu antecessor, Lula.


Dominique Strauss: Naquele que possivelmente foi o maior escândalo do ano, o então presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, favorito para as eleições presidenciais da França em 2012, foi acusado de ter tentado estuprar a camareira Nafissatou Diallo no Hotel Sofitel de Nova York. O caso custou a Strauss-Kahn sua indicação como candidato do Partido Socialista francês nas eleições de 2012, mas no fim, o ex-diretor do FMI foi liberado de sua prisão domiciliar e as acusações contra ele foram arquivadas.


Donald Trump: O famoso empresário norte-americano começou o ano criticando Barack Obama, a quem chama de “o pior presidente da história dos Estados Unidos”, e sendo o principal nome na campanha pela divulgação da certidão de nascimento do presidente, chegando até mesmo a enviar detetives ao Havaí para rastrear os documentos de Obama. Ameaçando uma candidatura à presidência pelo Partido Republicano, Trump chegou até mesmo a liderar as pesquisas, mas desistiu da candidatura em maio. Seu nome ainda é cogitado pra a vice-presidência, caso Michelle Bachmann seja a escolhida pelo partido.


 
George Papandreou: O ex-primeiro-ministro da Grécia se viu na linha de frente da maior crise econômica dos últimos anos, e apostou em medidas de austeridade para reverter o tenebroso cenário da economia grega. As medidas resultaram em greves e protestos, e o primeiro-ministro viu sua popularidade despencar ao longo de 2011, até seu pedido de demissão em novembro.


Herman Cain: Apesar de sua dificuldade em explicar suas propostas, como seu plano fiscal, batizado de “9-9-9”, o presidente da Godfather’s Pizza vinha em ascensão na campanha presidencial do Partido Republicano, mas acusações de assédio sexual derrubaram seus números nas pesquisas e fizeram com que ele desistisse da campanha no início de dezembro.


Hugo Chávez: No meio do ano, o líder venezuelano revelou, diretamente de Cuba, que estava se recuperando de um câncer. Os detalhes sobre a saúde de Chávez não foram revelados, mas um jornal espanhol afirmou que o presidente sofria de câncer de cólon, o que foi negado pelo governo da Venezuela. Durante uma aparição nas comemorações de seu 57º aniversário, Chávez declarou que a luta contra o câncer o havia levado a reconsiderar certos pontos da Revolução Bolivariana, e que uma maior participação do setor privado seria “vital” para o futuro do país. No mês seguinte, ele anunciou a nacionalização do ouro venezuelano.


John Galliano: O famoso estilista foi demitido pela Dior depois da divulgação de um vídeo no qual Galliano, visivelmente bêbado, provoca um grupo de mulheres italianas com frases anti-semitas. O vídeo provocou revolta no mundo todo, e colocou em risco os contratos da Dior com nomes como a ganhadora do Oscar, Natalie Portman, que se disse “chocada e enojada” com as declarações de Galliano.


Kim Jong-il: O "Querido Líder” da Coreia do Norte morreu em dezembro e seu filho, já sob o título de “Grande Sucessor” se prepara para assumir o comando da Coreia do Norte. Pouco se sabe sobre a morte de Kim Jong-il, ou sobre o comportamento político de seu filho, mas, graças ao isolamento norte-coreano e a pouca idade (27 anos) do novo comandante, muitos analistas enxergam uma possibilidade de abertura econômica e política, e até mesmo uma possibilidade de reunificação com a Coreia do Sul nas próximas décadas.



Leila Lopes: A bela angolana de 25 anos surpreendeu o mundo, sagrando-se vencedora do Miss Universo 2011, realizado em São Paulo, e passando a ser disputada a tapa pelas escolas de samba do Rio de Janeiro para os desfiles de 2012. A vitória da angolana foi acompanhada de uma série de comentários racistas na internet. Inabalada, a Miss Universo respondeu com elegância: “Acho que pessoas preconceituosas é que precisam procurar ajuda, porque não é normal, em pleno século 21, alguém ainda pensar dessa forma”, disse a angolana, que mais tarde teve seu título contestado por uma suspeita de fraude nas inscrições.


Lionel Messi: O jovem argentino, duas vezes eleito o melhor jogador de futebol do planeta, deve conseguir seu terceiro título consecutivo em 2011. Messi comandou o Barcelona na campanha da Champions League, e marcou dois belos gols na vitória do clube catalão sobre o Santos na decisão do Mundial de clubes da FIFA no Japão, em dezembro.


Lula: Em seu primeiro ano longe da presidência, Lula recebeu honrarias, como o Prêmio Mundial de Alimentação, por seus esforços para combater a pobreza, e o título de doutor honoris causa do Instituto de Estudos Políticos de Paris. Além disso, o ex-presidente também voltou às páginas dos jornais ao ser diagnosticado com um tumor na laringe, e raspar seu cabelo e sua característica barba, antecipando possíveis reações das sessões de quimioterapia. O tratamento de Lula – que fumou durante 40 anos – deve durar três meses, mas os primeiros resultados foram considerados “surpreendentemente satisfatórios” pela equipe do Hospital Sírio-Libanês.


Mahmoud Abbas: O presidente da Autoridade Palestina fez um aclamado discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, no qual pediu o fim dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, e o reconhecimento do Estado palestino na ONU. A proposta foi rejeitada pelos Estados Unidos e não deve ser levada adiante pelo Conselho de Segurança da ONU, mas os esforços de Abbas para obter o reconhecimento legal e sua reaproximação do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, ajudaram a dar novas forças à causa palestina.


Marcelo Freixo: Após ser anunciado pelo PSOL como o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2012, o deputado estadual voltou às manchetes após revelar que estava deixando o país temporariamente devido às inúmeras ameaças que sofrera por parte das milícias que controlam comunidades carentes cariocas. A viagem foi criticada pelo secretário de Assistência Social do município do Rio, Rodrigo Bethlem, e por outros setores da sociedade, que enxergaram no afastamento de Freixo um viés eleitoral. “Não recebi qualquer contato de autoridade do governo do Rio para falar sobre as ameaças que recebi. Tratavam como se o problema fosse meu”.


Mario Draghi: O ex-chefe do banco da Itália recebeu a duríssima tarefa de suceder Jean-Claude Trichet na presidência do Banco Central Europeu, e foi recebido de maneira quase messiânica pela imprensa europeia que o batizou de “Super Mario”, e viu nele a única solução para a crise econômica que assola o continente. Nas suas primeiras medidas como presidente do BCE, Draghi baixou a taxa de juros do banco e comandou um programa de empréstimos que permitiu que os bancos pegassem US$ 640 bilhões para combater a crise.


Muammar Khadafi: O líder líbio ocupou as manchetes durante todo o ano, depois que as revoltas da Primavera Árabe chegaram à Líbia. Enquanto o país ia pouco a pouco sendo controlado pelos rebeldes, Khadafi reafirmava sua determinação em permanecer no controle do país, e de morrer em solo líbio caso fosse necessário. Isso virou verdade no fim de outubro quando Khadafi foi capturado e assassinado por um grupo de rebeldes em Sirte. As imagens chocantes da captura do coronel circularam o mundo e fizeram com que o Conselho Nacional de Transição iniciasse uma investigação sobre sua morte.


Nem: O traficante mais procurado do Rio de Janeiro foi finalmente capturado pela polícia quando fugia da favela da Rocinha no porta-malas de um carro dirigido por policias. Em entrevistas após a prisão, Nem afirmou ser fã do presidente Lula, do PAC e das UPPs, e disse que mais da metade de seus lucros no tráfico de drogas terminava nas mãos da polícia carioca.


Osama Bin Laden: A maior notícia para todo o planeta veio no início de maio com a morte de Osama bin Laden, em Abbottabad, no Paquistão. Procurado por quase dez anos pelos ataques aos Estados Unidos em setembro de 2001, Osama foi morto em uma operação de 38 minutos que contou com a participação de 79 soldados e um cão, e criou uma série de problemas, entre eles um estremecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Paquistão, a suspeita de que Bin Laden não foi, na verdade, morto pelos soldados norte-americanos (já que seu corpo foi jogado no mar e fotos de seu cadáver não foram divulgadas), e um debate sobre o uso da tortura na prisão de Guantánamo (de onde teriam vindo as informações sobre o esconderijo do terrorista, de acordo com o secretário de Defesa, Leon Panetta).


Princesa Amira Al-Talweel: Sem o véu tradicional das mulheres muçulmanas, e vestida à maneira ocidental, a bela princesa Amira Al-Talweel se tornou um novo sopro de esperança para os direitos das mulheres no mundo árabe, quando usou o Twitter para protestar contra a condenação de Shaima, uma mulher que deveria ser submetida a dez chibatadas por ter dirigido um automóvel na Arábia Saudita. Amira também foi um dos principais nomes na campanha que fez com que o rei Abdullah permitisse que mulheres votassem e concorressem a cargos eletivos nas próximas eleições sauditas em 2015, e é uma das maiores defensoras de melhores na educação feminina na Arábia Saudita.




 
Rafinha Bastos: O comediante gaúcho teve um início de ano promissor, sendo eleito pelo New York Times, a figura mais influente do Twitter em todo o planeta, e lançando o DVD A Arte do Insulto. O bom momento de Rafinha acabou dando lugar a uma sucessão de polêmicas, nas quais o humorista foi criticado por fazer apologias ao estupro em suas piadas, foi dispensado do programa CQC da Rede Bandeirantes depois de uma piada sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo, e deu respostas pouco educadas à jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, depois que ela criticou piadas de Rafinha sobre o ator Fábio Assunção e a operadora de telefonia celular Nextel. 


Ricardo Teixeira: O presidente da CBF teve seu nome gritado nos estádios durante o campeonato brasileiro de 2011, não pelos melhores motivos: depois de ter seu nome envolvido em uma série de escândalos, que incluíam denúncias de suborno e propinas, Ricardo Teixeira disse que os ingleses que o acusavam estavam chateados por terem perdido o direito de sediar a Copa e que, enquanto estivesse na FIFA e na CBF , “a BBC não passaria da porta”, o que gerou o nascimento e crescimento do movimento “Fora Ricardo Teixeira”, que se espalhou pelo país. No momento, a FIFA está sendo pressionada para revelar documentos que poderiam comprovar as denúncias contra Teixeira, e complicar a realização do torneio no Brasil.


Nicolas Sarkozy: O presidente francês começou o ano recebendo duras críticas por sua omissão nas revoluções que derrubaram os governos do Egito e da Tunísia, e, portanto, não poupou esforços para liderar as operações militares da Otan na Líbia, o que lhe rendeu um aumento na sua já fragilizada popularidade. Em outubro, Sarkozy voltou a ser criticado, dessa vez por ter dado a sua primeira filha com a atriz e cantora Carla Bruni, um nome italiano: Giulia.


Recep Tayyip Erdogdan: O primeiro-ministro turco conquistou mais um mandato nas eleições gerais de junho, e foi presença constante nos noticiários internacionais, por sua defesa das revoluções da Primavera Árabe, e suas críticas ao governo de Israel. Erdogan também intensificou – depois de anos de diálogos com líderes do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão – a repressão aos curdos, não apenas na Turquia, mas também no norte do Iraque, onde o PKK tem bases de operações. No fim do ano, Erdogan também cortou relações com a França depois que o país decidiu criminalizar a negação do genocídio armênio, praticado pelos turcos no início do século XX.


Silvio Berlusconi: Em janeiro, o ex-primeiro-ministro italiano se viu envolvido num escândalo que provou ser fatal para sua carreira política. Acusado de solicitar serviços sexuais de uma menor de idade – a dançarina do ventre marroquina Karima El Mahroug, também conhecida como Ruby Rubacuori – Berlusconi viu a opinião pública mundial se voltar contra ele. Ao longo do ano, relatos cada vez mais bizarros de casos de prostituição e corrupção, acabaram por enfraquecer a figura de Berlusconi, que deixou o cargo depois de perder a maioria no parlamento graças aos crescentes problemas econômicos da Itália, e renunciou em meados de novembro.


Stephen Harper: O primeiro-ministro canadense conseguiu não apenas uma terceira vitória nas urnas em maio, como também pela primeira vez se viu à frente de um governo de maioria, quando os Conservadores conquistaram 166 cadeiras no Parlamento. O Canadá saiu praticamente ileso da crise mundial, e tem conseguido manter índices de desemprego cada vez menores, mas as posições de Harper com relação ao casamento gay, o aborto, às liberdades das minorias, e especialmente, o aquecimento global (o Canadá abandonou a conferência sobre o clima em Durban e se desligou do protocolo de Kyoto) têm gerado críticas ao primeiro-ministro não apenas em seu país, mas também entre liberais do Reino Unido e dos Estados Unidos.



Steve Jobs: O chefe da Apple não resistiu ao câncer contra o qual lutava há anos, e, em outubro, morreu na Califórnia, aos 56 anos, meses depois de ter deixado o posto de executivo-chefe da Apple. Ainda em outubro, foi lançada mundialmente a biografia autorizada de Jobs, escrita por Walter Isaacson, que menos de dois meses mais tarde, já ocupava o posto de livro mais vendido do ano na loja virtual Amazon, e teve seus direitos cinematográficos comprados pela Sony Pictures.



Vladimir Putin: Depois de um mandato como primeiro-ministro da Rússia, Putin confirmou o que há muito já era especulado, e anunciou sua candidatura à presidência do país em 2012. No entanto, o domínio de Putin sobre a política russa pode estar chegando ao fim. Protestos pedindo mais transparência do governo levaram uma multidão às ruas de Moscou, e podem pôr em risco o futuro político de seu principal comparsa, o atual presidente russo Dmitry Medvedev. 



Yulia Tymoshenko: A ex-primeira-ministra da Ucrânia foi a julgamento em junho, acusada de ter forçado a companhia estatal de energia do país a fechar negócios com a Rússia, e condenada a sete anos de prisão por abuso de poder. Tymoshenko acusou o atual presidente ucraniano Viktor Yanukovych de “vingança”, já que ambos são rivais políticos de longa data, e sua prisão complicou os planos ucranianos de uma maior integração com a Europa Ocidental. 



Romario: Certos nomes eleitos para o Congresso Federal nas eleições de 2010 geraram desconfiança por parte da mesma população que os elegeu. O palhaço Tiririca e o pugilista Popó ainda não se destacaram como parlamentares, mas o atacante Romário não demorou para mostrar a que veio. Apesar de ter faltado às primeiras sessões do Congresso para disputar uma partida amigável de futevôlei numa praia carioca (o que ele negou numa entrevista à Playboy), e de ter sido flagrado dormindo durante uma sessão, Romário rapidamente assumiu o terno e a gravata, e se mostrou um dos mais vocais deputados no Congresso, o que já motivou uma possível candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.



Sergio Brito: O ator e dramaturgo, apresentador do programa Arte com Sergio Britto, da TV Brasil, morreu no último dia 17, no Rio de Janeiro, vítima de problemas cardiorrespiratórios. Sua morte foi lamentada por figuras como o governador Sérgio Cabral e a atriz Fernanda Montenegro, que descreveu Britto como “um homem excepcional e uma liderança”.



Ollanta Humala: O tenente-coronel que na metade da década passada foi visto como a versão peruana de Hugo Chávez se apresentou de maneira mais moderada nas eleições de 2011, dizendo ser um seguidor do “lulismo”, e derrotando sua principal adversária, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori. Já no poder, Humala parece caminhar cada vez mais rumo à direita, tendo se livrado da maior parte de seus ministros esquerdistas.



Os 99%: A revista Time elegeu os manifestantes que agitaram as ruas do planeta como a personalidade do ano. Entre os muitos grupos de manifestantes que ganharam as páginas da imprensa em 2011, o movimento de ocupação de Wall Street certamente foi o que mais se destacou, conquistando a simpatia de nomes como o rapper Kanye West, a atriz Anne Hathaway e até mesmo o presidente Barack Obama; e a antipatia de figuras do Partido Republicano como Mitt Romney, que temia uma intensificação da guerra de classes nos Estados Unidos; Herman Cain, que considerou o movimento “anticapitalista”; e Newt Gingrich, que sugeriu aos manifestantes que “tomassem um banho e arrumassem um emprego”.



Rupert Murdoch: O magnata australiano se viu no centro dos holofotes depois que uma de suas publicações, o tablóide News of the World se viu envolvido num enorme caso de escutas telefônicas. Executivos e editores do tablóide foram presos, e Murdoch foi descrito por alguns de seus ex-empregados como “alguém que usava grampos telefônicos em escala industrial, e uma pessoa para quem os fins justificam os meios”. “Ele criou o império midiático mais desonesto, corrupto e sem princípios da história do jornalismo”, disse o professor de jornalismo Karl Grossman, da Universidade Estadual de Nova York.


Scarlett Johansson: Embora tenha deixado o cinema um pouco de lado para se dedicar à musica e ao teatro, a bela atriz nova-iorquina, e nova musa de Woody Allen, esteve nas telas no novo filme de Cameron Crowe, Compramos um Zoológico, e nas páginas das revistas nas fotos de Os Vingadores, que será lançado no ano que vem. Mas em 2011, o nome de Scarlett esteve em evidência graças a fotos de 2008 que foram roubadas de seu celular, nas quais a atriz aparecia nua. “Conheço meus melhores ângulos”, disse Johansson, comentando a polêmica numa entrevista à revista Vanity Fair.




VDF 

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