sábado, 26 de junho de 2010

WALTER ARRUDA FILHO RECLAMA QUE SE PASSARAM 12 ANOS E OS ASSASSINOS DO SEU PAI AINDA NÃO FORAM JULGADOS.

Wagner Arruda segura uma foto do pai, morto em 1998. - Foto: Simone Marinho/Arquivo
Doze anos após o assassinato do vereador de Magé Walter Moraes de Arruda, então com 69 anos, os três acusados do crime ainda não foram julgados pela Justiça. O crime ocorreu em 9 de março de 1998, em Magé. O vereador foi atingido por cinco tiros. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi encomendado por Antônio Pereira Andrade Leão, que era suplente de Walter na Câmara de Vereadores da cidade e assumiu o mandato após a morte da vítima. O assassinato teria sido cometido por Anesildo Marques Pereira, o Sildo, e Amilton Otoni de França. À Justiça, os três negaram envolvimento no crime. Amilton foi assassinado a tiros no ano passado. O inquérito passou pela 65ª DP (Magé) e pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e foi concluído apenas em 2007. No mesmo ano, o MP ofereceu denúncia à Justiça. No ano seguinte, o juiz Hindenburg Pinto da Silva, da Vara Criminal de Magé, pronunciou os acusados (isto é, decidiu submetê-los a julgamento pelo Tribunal do Júri). Antônio recorreu e, em fevereiro deste ano, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, manteve a pronúncia. Entretanto, a data do julgamento de Antônio e Anesildo — que estão soltos — ainda não foi marcada. Estou nessa via-crúcis desde 1998. Não vou sossegar enquanto não vir os responsáveis pela morte do meu pai atrás das grades. Tenho confiança na nossa Justiça — disse o filho da vítima.