
O programa do PSB entregue à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, na noite de segunda-feira, 19.07, em Brasília, tem como um dos pontos no eixo estratégico Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, a inclusão de cursos profissionalizantes no segundo e terceiros anos do Ensino Médio. A proposta é do deputado Alexandre Cardoso, que participou do evento e é um dos responsáveis pela elaboração do documento com as sugestões dos socialistas ao programa de governo de Dilma. A proposta central do PSB prevê desenvolvimento com inclusão social. Alexandre Cardoso diz que a incorporação da mudança _ que ele apresentará também no novo Plano Nacional de Educação com um projeto mudando a Lei de Diretrizes e Bases(LDB) no Congresso _ representará uma revolução nas relações entre a juventude, o ensino e o mercado do trabalho. “É o caminho de acesso ao primeiro emprego. O estudante que atualmente engrossa os índices de evasão no Ensino Médio será motivado a permanecer na escola. Ele terá uma alternativa para definir seu futuro”, disse o deputado, ressaltando a importância da incorporação, pelo PSB, da inclusão dos cursos profissionalizantes na educação básica. A proposta torna os cursos opcionais aos estudantes, mas obriga as escolas a adotar estruturas voltadas para as demandas produtivas locais e regionais. O deputado lembra que os riscos de um “apagão” de mão-de-obra, reforçados por indicadores apontando que as empresas já não encontram trabalhadores em quantidade e qualificação exigidos pelo mercado, mostra a necessidade de mudanças no sistema de ensino que contemplem a realidade da economia, o mercado de trabalho e o futuro da juventude. O deputado chama a atenção para um dado que une baixa qualidade do ensino com a alta evasão: de cada 100 alunos que entram na 1ª série, 48 terminam o ensino fundamental e 32 concluem o ensino médio. No final, desses mesmos 100 alunos, 17 chegam à universidade, mas só 8 a concluem. “Isso significa que ao final de um longo período na escola, os estudantes que jamais conseguirão o sonhado diploma universitário, não terão sequer uma alternativa para ingressar no mercado. A implantação dos cursos profissionalizantes corrige essa distorção ainda no Ensino Médio”, afirma Alexandre Cardoso.