quinta-feira, 10 de setembro de 2009

NÚBIA AFASTADA E NO BANCO DOS RÉUS.

Núbia afastada e no banco dos réus Prefeita de Magé é acusada de formação de quadrilha e desvio de verba e seu irmão, presidente da Câmara, deve empossar o vice Rio - A prefeita de Magé, Núbia Cozzolino (PMDB) vai para o banco dos réus e perde na Justiça o direito de continuar comandando a administração da cidade. Por oito votos a um, os desembargadores da Seção Criminal, do Tribunal de Justiça do Rio, decidiram aceitar a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) por peculato (desvio de verba pública) e formação de quadrilha. Desde o início do ano passado, quando foi deflagrada a operação ‘Uniforme Fantasma’, do MPE, Núbia é acusada de integrar quadrilha que agia desde 2005 e teria desviado mais de R$ 100 milhões dos cofres do município.Na decisão, os desembargadores determinaram que o vice-prefeito, Rozan Gomes (PR), assuma o lugar da prefeita. Ainda ontem, um oficial de Justiça tentava localizar o presidente da Câmara de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho —irmão de Núbia — para informar o afastamento. Isso porque Dinho será o responsável por empossar o novo prefeito. Revoltada com a Justiça, Núbia voltou a atacar o MPE. “Não posso julgar a Justiça, mas estou sendo perseguida. É lógico que vou recorrer e tenho certeza de que vou vencer”, disparou a prefeita. DECISÃO INÉDITAPara o chefe da Sub-Procuradoria Geral de Justiça de Atribuição Ordinária Institucional e Judicial, Antônio José Campos Moreira, a decisão da Justiça é inédita e manda um recado aos maus administradores. “É a primeira decisão do Tribunal de Justiça de afastar liminarmente um prefeito do cargo. Pode ser considerada o marco de uma nova forma de lidar com o problema da improbidade na administração pública. A partir de agora, outros administradores ficarão temerosos, pois sabem que a mão da Justiça será dura e ágil”, analisou Campos. Segundo ele, para afastar Núbia, os desembargadores levaram em consideração que, à frente da prefeitura, ela teria oportunidade de dificultar a apuração. “E havia o risco de ela continuar praticando crimes”, afirmou Campos. Ontem, Rozan declarou que a decisão judicial é para ser cumprida. “A prefeita está sendo vítima de perseguição. Vou cumprir a decisão e continuar com os programas iniciados por ela”, disse Rozan.Operação atingiu outros CozzolinosA operação ‘Uniforme Fantasma’, deflagrada em janeiro do ano passado, atingiu outros membros da família da prefeita Núbia Cozzolino — como seus irmãos Charles, o ex-prefeito de Magé, e Núcia, ex-secretária de Fazenda. Outras 29 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público à Justiça.A maior parte das irregularidades foram encontradas em contratos com ONGs, como a Associação Brasileira de Desenvolvimento Humano (ABDH). À época, foram apontados como integrantes de rede de corrupção o então prefeito de Aperibé, Paulo Fernando Dias, o Foguetinho. Testemunha contou à polícia que Núbia e Foguetinho recebiam até R$ 100 mil em espécie de empresários envolvidos em fraudes de licitações. O esquema envolvia ainda compras fraudulentas e fraude na folha de pagamento do município. A ‘Uniforme Fantasma’ atingiu ainda a Prefeitura de Santo Antônio de Pádua. Advogado da prefeita vai recorrer da decisão judicialO advogado da prefeita Núbia Cozzolino, José Carlos Sarmento, disse que vai aguardar a publicação do acórdão para entrar com um embargo de declaração contra a decisão judicial. Ele demonstrou estar confiante em obter o recurso. “A prefeita nunca atrapalhou a investigação e não há motivo para o seu afastamento”, declarou. Segundo ele, mesmo que não consiga o embargo, ainda cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. “Estamos tranquilos que vamos reverter a situação”, analisou.Já Núbia ironizou. “Não estou chateada. Ficaria, se perdesse as eleições. Mas, como tive mais de 50% dos votos, estou tranquila. Acredito em Deus. Vou cumprir a decisão, mas vou recorrer”, afirmou. Adriana Cruz e Marcos Galvão - JORNAL O DIA

JUSTIÇA AFASTA PREFEITA DE MAGÉ.

A Justiça determinou nesta quarta-feira (9) o afastamento da prefeita de Magé, na Baixada Fluminense, Núbia Cozzolino. A prefeita foi denunciada em 2008 pelo Ministério Público por crimes de responsabilidade e formação de quadrilha, na operação chamada "Uniforme Fantasma". Veja o site do RJTV A prefeita foi acusada de fazer parte de um esquema com organizações não-governamentais, para cometer fraudes na folha de pagamento do município, e em licitações. As licitações envolviam a compra de uniformes escolares. Núbia Cozzolino nega as acusações e disse que vai recorrer da decisão judicial. Denúncia A prefeita Núbia Cozzolino foi denunciada pelo Ministério Público estadual no dia 2 de junho de 2008. De acordo com a denúncia, Núbia teria feito um contrato com uma associação para implantação de programas de saúde e apoio administrativo. Pelos serviços prestados, o tesouro municipal pagaria valores altos, que, segundo os promotores, seriam desviados em benefício da prefeita Cozzolino e de terceiros. A organização criminosa, que, ainda de acordo com a denúncia, seria comandada por Núbia Cozzolino, atuou de 2005 a janeiro de 2008 e, somente em 2007, os contratos com a empresa teriam totalizado cerca de R$ 10 milhões. Segundo a investigação do Ministério Público, os valores depositados pela Prefeitura de Magé nas contas da associação eram, na grande maioria, sacados em espécie ou mediante pagamento de cheque para terceiros, o que facilitaria o desvio dos recursos para os integrantes da quadrilha, que contaria com o auxílio de seus irmãos Núcia Cozzolino, Secretária de Fazenda de Magé, e Charles Cozzolino, que respondia informalmente pela Secretaria de Obras do Município. Operação Uniforme Fantasma Na época, o MP informou ainda que os irmãos Núcia e Charles Cozzolino já foram denunciados na Comarca de Magé, após a operação policial "Uniforme Fantasma", deflagrada no fim de janeiro de 2008, que revelou os esquemas de corrupção envolvendo funcionários públicos. Como resultado dessa investigação foi oferecida denúncia contra 31 pessoas, num processo em tramitação na Vara Criminal de Magé. Na denúncia, o MP informa que por meio de escutas telefônicas documentou os contatos da quadrilha. Após a saída do dinheiro das contas do município para as contas da ABDH, Núbia e sua irmã entravam em contato com os administradores da associação para se certificarem da "entrada" do dinheiro que, em seguida, seria desviado.

Câmara aprova PEC que cria mais de 7 mil vagas de vereadores no país, para a próxima eleição 2012.

Proposta de emenda só entra em vigor nas eleições de 2012. Medida também reduz o orçamento nas câmaras municipais.
Com as galerias do plenário lotadas de suplentes de vereadores, a Câmara dos Deputados aprovou na sessão desta quarta-feira (9) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 336/09 que aumenta em mais de 7 mil o número de vagas para vereadores em todo o país. Votaram a favor da proposta 370 deputados e, contra, 32 parlamentares. A PEC foi aprovada em primeiro turno e ainda deve passar por uma segunda votação no plenário da Câmara, para só depois ser promulgada pelo Congresso. A aprovação da matéria, no entanto, não deve ter efeito retroativo às eleições de 2008. A PEC não determina que os suplentes ocupem as novas cadeiras, apenas estipula um novo limite de vagas nas câmaras municipais. O país tem atualmente 51.748 vagas de vereadores. Pelo critério da proposta, que distribui as vagas conforme o número de habitantes de cada município, a PEC deve criar 7.709 vagas, se considerado os dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009. O texto original da PEC fala, no entanto, em 8.043 vagas, sem observar os dados do IBGE. Já o deputado Fernando Coruja (PPS-SC) defendeu as propostas afirmando que a matéria só deve produzir efeito nas próximas eleições municipais, que devem ocorrer em 2012. "Nenhuma câmara municipal será obrigada a ampliar o número de vagas. A eleição ocorreu sobre um determinado número de cadeiras, nem a Justiça Eleitoral vai permitir que isso seja modificado", argumento Coruja.

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