O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou Ação Civil Pública (ACP) pedindo a condenação de 12 agentes públicos de Magé por improbidade administrativa e abuso de poder político. Entre os acusados estão o ex-prefeito Anderson Cozzolino, dois vereadores, além de secretários e servidores das secretarias de saúde, educação, transporte, desenvolvimento e agricultura.
Os réus são acusados de utilização da máquina pública em favor do então candidato a prefeito, o vereador Werner Saraiva e seu vice, o vereador Paulo Portugal, ambos também acusados. De acordo com investigações, alguns políticos, funcionários e autoridades públicas coagiam servidores municipais a votarem nos candidatos, cooptarem eleitores entre familiares e amigos, afixarem adesivos em seus carros particulares e placas em suas casas e participarem de reuniões do comitê eleitoral dos candidatos em horário de expediente. As vítimas eram ameaçadas de demissão caso não cumprissem as ordens. Anderson Cozzolino também é acusado de liberar o transporte alternativo às vésperas das eleições, contrariando decisão judicial e Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MPRJ "que proíbe e suspende qualquer delegação de serviço público de transporte coletivo não precedida de licitação." Além do ex-prefeito e dos dois vereadores então candidatos, também são réus na ACP: o Secretário Municipal de Desenvolvimento e Agricultura, André Luis Castilho Costa; o Secretário Municipal de Transporte, Vander Ferreira de Mattos da Silva; a então Coordenadora do Posto de Saúde da Família (PSF) Maria Conga, Viviane Santos Alves de Araújo; a Coordenadora do PSF Suruí, Alice Rodrigues Pinto; o Coordenador do PSF do Beco do Saci, Paulo Henrique Félix; a então Diretora da Creche Municipal São Sebastião, Rosana Santana Golinelhi Fagundes; os servidores William Valença de Oliveira, Jorge Ferreira Rodrigues e Aline Pereira Cardoso e o município de Magé.
VDF