Na conturbada década de 1960, a história da Música Popular Brasileira seria totalmente reescrita, revelando grandes músicos, cantores e compositores, que dariam um contorno definitivo a ela. Sob os ventos da Bossa Nova, uma nova mensagem estética e sonora iria gerar movimentos históricos como a Tropicália e a Jovem Guarda, essenciais para que se perceba os caminhos que a MPB seguiu na segunda metade do século XX.
Uma pulsante renovação explodia no cenário musical na década de 1960, sendo drasticamente afetada pela implantação do regime militar através de um golpe de estado, em 1964. Para manter o poder de um governo ilegítimo, a ditadura militar teve que reprimir e conter todos os seus opositores. A juventude estudantil foi a primeira a ser atingida, tendo os seus órgãos oficiais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), sendo lançados na clandestinidade. Silenciados os movimentos, a MPB passou a ser a voz rebelde daquela juventude. Os festivais de música explodiram nas emissoras de televisão da época, promovendo um grande alcance popular e revelando para o país talentos definitivos, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Milton Nascimento e tantos outros. Canções outrora proibidas, como “Cálice” (Gilberto Gil – Chico Buarque), foram liberadas. Em 1979, a Lei da Anistia trazia de volta ao país os exilados políticos. A MPB passou a ser a voz daquele novo período da história. Voltou com fôlego, deixando de ser elite e alcançando as grandes massas. De 1978, data do início da abertura do regime militar, a1985, data do seu fim, a MPB alcançou um apogeu de vendas de discos e uma influência que jamais se repetiu. É o período que podemos chamar de “A MPB da Abertura”.
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