terça-feira, 19 de outubro de 2010

EM DUAS SEMANAS O BRASIL VOLTA AS URNAS, OS TUCANOS INSISTEM EM DISCUSSÕES FUNDAMENTALISTAS.

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De acordo com Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV e ex-presidente do Banco Central, a economia vai bem e não é necessário que Dilma e Serra se comprometam com metas de inflação, câmbio flutuante e superávit, como foi feito por Lula em 2002. Falta, porém, o detalhamento das reformas e de como pretendem superar gargalos na infraestrutura. “O IBGE apresentou dados lamentáveis de saneamento básico e a iniciativa privada está interessada em começar a investir. Só falta o marco regulatório”, lembra Langoni. Em relação à modernização dos aeroportos, por exemplo, apenas Dilma Rousseff abordou o tema, falando em abrir o capital da Infraero. Já Serra defendeu a concessão à iniciativa privada, mas não deixou clara sua proposta. “E os projetos para a educação? Será que basta dar um computador com acesso à internet? Claro que não. É preciso muito mais”, diz o professor da FGV. Diante dos descaminhos da campanha eleitoral, cabe à sociedade repor o debate nos eixos. No dia 18 de novembro, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, entregará ao presidente eleito um projeto de reforma política com propostas sobre financiamento público das campanhas, a definição com relação ao voto obrigatório e o fim da reeleição no Executivo. Teria sido importante conhecer o pensamento dos candidatos a respeito. O mesmo vale para a política externa, na qual o País se destacou graças ao carisma do presidente Lula. O peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010, declarou que o Brasil hoje impressiona o mundo inteiro. Mas como será a relação do novo governo com as demais nações? Eis aí um tema importante, polêmico, digno de uma boa discussão.
Fonte: Istoé.

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