Apesar de o presidente do TRE, Walter de Almeida Guilherme, ter dito que o deputado eleito Tiririca “leu e escreveu” diante do juiz, o promotor da 1ª Zona Eleitoral, Maurício Antônio Ribeiro Lopes, não está satisfeito com o desempenho do humorista. “De 10 vocábulos [do ditado] que escreveu, ele errou nove”, diz. A frase ditada para Tiririca foi “A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral”. Ribeiro Lopes não informou quais teriam sido as nove palavras que o humorista errou. No teste de leitura, Tiririca leu o título e o subtítulo de uma notícia de jornal. O promotor disse ainda que não vai desistir do processo por falsificação de documento contra o deputado eleito. Ele sustenta que a declaração de alfabetização, que deveria ser feita de próprio punho pelo humorista para registro de sua candidatura, “foi forjada para a Justiça”. Ribeiro Lopes se baseia na diferença entre as grafias apresentadas no ditado de Tiririca e na declaração.
A audiência de hoje, que durou mais de 12 horas, terminou sem uma sentença do juiz. Além do teste com Tiririca, foram ouvidas três testemunhas.
Tiririca, candidato pelo PR em São Paulo, foi o deputado federal mais votado das eleições outubro, com 1,353 milhão de votos. Tiririca teve mais que o dobro de eleitores que o segundo colocado, Gabriel Chalita (PSB) e leva para a Câmara pelo menos mais três candidatos da coligação. Nas vagas "devem entrar Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PC do B).
Fonte: Revista Época
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