sábado, 13 de novembro de 2010

A ESTRÊLA DE DILMA NOS GRANDES SALÕES.

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Um vento gelado invade o lobby do clássico Imperial Palace Hotel, um dos melhores cinco-estrelas de Seul. São três e meia da tarde da sexta-feira 12 e a porta da frente está aberta para a chegada de uma autoridade. A presença de seguranças e militares armados contrasta com a delicadeza do vestido cor-de-rosa de Julie, uma bela recepcionista coreana destacada somente para dar as boas-vindas aos hóspedes vips que passam por ali. Minutos depois, entra Dilma Rousseff. A presidente eleita do Brasil acaba de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião de cúpula do G20, na qual foi apresentada aos mandatários de 20 paí­ses desenvolvidos e emergentes, como o americano Barack Obama e o chinês Hu Jintao. Cabeça erguida, ela passa rapidamente pelo hall e some no elevador que estava à sua espera, rumo à suí­te presidencial. Nem deu tempo de apreciar as delicadas porcelanas japonesas e inglesas do início do século passado, em exposição permanente sobre móveis antigos do hotel. A seis semanas da posse, Dilma já é tratada e se porta como aquilo que é: uma das mulheres mais poderosas do mundo. Em sua passagem por Seul, Dilma mostrou-se um pouco tensa, quem sabe sentindo o peso da responsabilidade que se aproxima. Na manhã da sexta-feira, antes de sair ao encontro de cúpula, ela comentou o primeiro pensamento que teve nos macios travesseiros do hotel Imperial Palace: “O que penso todo dia quando eu acordo é que tenho de desempenhar esse papel para o qual fui eleita. É uma missão que vou desempenhar e levar a bom termo.” Dilma tomou o cuidado de não ofuscar o brilho de Lula, que há dois anos, na cúpula do G20 em Londres, foi descrito pelo então recém-eleito presidente Barack Obama como “o cara”. Ela evitou aparições em público, deu duas rápidas entrevistas coletivas e falou somente com os jornalistas brasileiros que a aguardavam no hall do hotel.
Fonte: IstoÉ

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