Munido de parecer da Advocacia-Geral da União, Lula deve anunciar nesta quarta a concessão de refúgio ao terrorista italiano Cesare Battisti. A notícia chega a três dias do término do segundo reinado de Lula. Longe de encerrar a polêmica que envolve o caso, a decisão deve ressuscitá-la. O governo da Itália, que briga para obter a extradição de Battisti, cogita recorrer ao STF contra a decisão de Lula. Em julgamento confuso, o Supremo decidiu que o pedido da Itália foi feito como manda o figurino constitucional. Porém… Porém, delegou a Lula a palavra final sobre a matéria. Ao esmiuçar sua (não) decisão, o STF informara que o presidente teria de se guiar pelo tratado firmado entre Brasil e Itália.
Só para lembrar - Battisti é acusado de quatro homicídios ocorridos na década de 1970, quando liderava a organização extremista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). À revelia, o italiano foi condenado à prisão perpétua no país de origem. O julgamento terminou em 1993. No entanto, ele nunca cumpriu pena. Fugiu para a França, onde viveu até 2004, quando o então presidente do país, Jacques Chirac, se posicionou a favor da extradição. Battisti fugiu de novo e veio parar no Brasil. Em março de 2007, foi preso no Rio de Janeiro e transferido para Brasília. Em 2009, o STF autorizou sua extradição para a Itália e deixou a palavra final ao presidente Lula. O italiano nega a autoria dos crimes e afirma ser vítima de perseguição política. Chegou a dizer, reiteradas vezes, que a extradição seria um "troféu" para o governo de Berlusconi. A Itália diz que houve crime comum.
Fonte: Veja
0 comentários:
Postar um comentário