Depois de ignorar várias vezes a convocação dos deputados, a prefeita afastada de Magé, Núbia Cozzolino, finalmente foi depor hoje - levada pela polícia! - na CPI da Assembleia Legislativa que apura as denúncias de venda de sentenças no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No depoimento, Núbia contou que trocou de advogado por sugestão de um contraventor da Baixada, amigo dela. Disse ter dado dinheiro a esse advogado, que seria amigo do desembargador Alberto Motta Moraes, na época presidente do tribunal, para ele resolver suas pendências jurídicas. Quando um integrante da CPI perguntou "resolver o quê?", Núbia respondeu: "Ué, deputado, e eu não ganhei um ano e meio?". Esse teria sido o tempo que o processo dela demorou a ser julgado. E com o advogado novo, até prazo, que ela havia perdido, foi recuperado. Detalhe: na gestão Motta Moraes, o tribunal foi agraciado com uma festa na Cidade do Samba, pago pela Liga das Escolas de Samba, a Liesa - historicamente comandada por bicheiros.
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