segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SERÁ O FIM DA RAÇA HUMANA?

manipulacao genetica ciborgue
Manipulações genéticas e ciborgues. Na tentativa de alcançar a derradeira criatura humana os cientistas foram capazes de produzir, nos últimos dez anos, autênticos milagres. Estará a imortalidade cada vez mais perto ou será que, enquanto espécie, estaremos a chegar ao fim de um ciclo, em que perderemos aquilo que fisicamente nos torna humanos?
Em 2001, uma equipa de investigadores do Instituto para a Medicina e Ciência Reprodutiva de Nova Jersey, nos EUA, anunciou o nascimento dos primeiros bebés geneticamente manipulados. O “truque” consistiu em usar parte do conteúdo do óvulo de uma dadora e transferi-lo para o óvulo de uma mulher infértil. Esta conseguiu dar à luz um bebé, mas a criança passava a ter um pai e duas mães. O caso fez erguer o sobrolho a muitos religiosos conservadores.Actualmente, existem técnicas para detectar doenças hereditárias e assim escolher os embriões saudáveis que vão ser inseminados no óvulo. Quer isto dizer que os pais poderão ter a possibilidade de escolher determinadas características para os filhos. Alto, forte, olhos claros e cabelo louro. Muitos cientistas temem que, no futuro, estas características possam vir a integrar o menu que vai desenhar geneticamente um bebé, tal e qual como se estivéssemos a criar uma personagem no jogo “The Sims”. Para aqueles que já nasceram, daqui a alguns anos poderá ser possível transformá-los em alguém semelhante ao Incrível Hulk. Não é caso para desdenhar, pois em 2004 foi documentado o estranho caso de um bebé alemão portador de uma mutação genética que lhe dava um crescimento muscular acima do normal. Com apenas quatro anos de idade, o hercúleo petiz era capaz de esticar os braços na vertical enquanto segurava pesos com mais de três quilos.
Será que caminhamos para um futuro em que seremos feitos de fios, chapa e silício? Eis que, bem ao gosto da ficção científica, os ciborgues (humanos com partes orgânicas e mecânicas, ou melhor dizendo, organismos cibernéticos) começam a invadir o mundo real. Em 2009 foram inseridos micro-chips no cérebro de um macaco, o que lhe possibilitou manobrar um braço artificial para se alimentar. O próximo passo da equipa que fez a experiência consiste em usar implantes semelhantes que permitam às pessoas falar através de um computador. Um dia, comunicar com a ajuda da nossa boca poderá ficar fora de moda. Entretanto, os militares já se renderam às potencialidades de um homem-máquina. Uma das experiências mais promissoras é um esqueleto artificial externo ao corpo – um exoesqueleto –, que permite a qualquer pessoa manobrar potentes músculos robóticos. Os primeiros protótipos surgiram com o objectivo de carregar grandes pesos em terrenos irregulares, mas já se pensa em criar super-soldados capazes de enfrentar com músculos de aço as tropas inimigas, bem ao jeito do mítico herói da Marvel, o Iron Man. Verdadeiramente revolucionário foi o cientista britânico Kevin Warwick, que em 2002 deixou uma equipa de cirurgiões ligar os nervos do seu braço a um computador conectado à Internet. Como resultado, enquanto estava em Nova Iorque conseguiu mexer uma mão robótica que se encontrava a cinco mil quilómetros de distância, no Reino Unido. Tal como o próprio afirmou, “o corpo estendeu-se efectivamente pela Internet”. Um cenário digno de fazer parte do filme “The Matrix”.
O problema com todos estes cenários é que muitos cientistas estão a prever o desaparecimento das características que nos definem como humanos. Seria o fim da nossa espécie, tal como a conhecemos, e o nascer de uma outra.
Fonte: Obvious

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