Sabe-se muito pouco dele além do nome, Julian Assange. Nasceu na Austrália em algum ponto da década de 70, é hacker e diz, napoleonicamente, querer “reformar a civilização”. Cabelos tão claros que podem ser mal interpretados como brancos, ele é cofundador e editor de um site que até bem recentemente vivia na semiobscuridade e em estado quase falimentar, a ponto de suplicar por donativos para conseguir ficar no ar. A missão do site, chamado WikiLeaks, aparece em duas palavras em sua página no Twitter e traduz a alma messiânica do editor: “Abrir governos”. Assange tem fala mansa e baixa, mas é singularmente intrépido nas ações. Numa de suas raras entrevistas, afirmou que tem um prazer especial em “esmagar canalhas”. Os dois, criador e criatura, Assange e WikiLeaks, estiveram na semana passada no centro da discussão jornalística mais relevante, polêmica e complexa em muitos anos.
A origem do debate foi a divulgação, pelo WikiLeaks, de dois vídeos com áudio que mostram o ataque, a partir de um par de helicópteros Apaches do Exército americano, a um grupo de pessoas em Bagdá, a capital do Iraque. Um dos vídeos é extenso, o outro é a versão curta. Era julho de 2007, e os disparos mataram 12 pessoas, além de ferir duas crianças. Entre os mortos estavam dois funcionários da agência de notícias Reuters; um fotógrafo, de 22 anos, e seu assistente e motorista. A câmara do fotógrafo foi confundida com uma arma e a turma toda, que vinha caminhando pelas ruas de Bagdá, foi tomada como “insurgentes”, a designação dos que combatem a presença americana no Iraque.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O HOMEM MAIS PROCURADO DO MUNDO PELA CIA E FBI - JULIAN ASSANGE - O JUSTICEIRO.
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