Nesta segunda-feira (29), jornais de todo o mundo publicaram detalhes dos telegramas trocados por membros do Departamento de Estado americano e, se a catástrofe prevista por Franco Frattini (ministro das Relações Exteriores da Itália) não se concretizou – pela falta de grandes novidades nos documentos – o vazamento tirou do pedestal o mundo da diplomacia e toda a sua pompa. Os telegramas divulgados até aqui proporcionam saborosas descrições de chefes de Estado, conflitos políticos e negociações entre governos, todas marcadas por percepções ultrasinceras de diplomatas americanos e de seus interlocutores. O Wikileaks, que em julho e outubro divulgou uma série de documentos secretos sobre os conflitos no Iraque e no Afeganistão, obteve 251.287 telegramas trocados entre Washington e 274 embaixadas e consulados ao redor do mundo. Os primeiros documentos datam de 1966, mas o maior volume é dos últimos três anos. Até esta segunda, apenas 243 telegramas foram publicados, e o assunto mais sensível é o que envolve o programa nuclear do Irã.
Nos "melhores momentos" dos telegramas de diplomatas dos EUA estão relatos sobre espionagem na ONU, a relação entre líderes mundiais e a "enfermeira voluptuosa" de Kadafi.
- »Wikileaks: Brasil prende terroristas em segredo
- »O Iraque pelos olhos do WikiLeaks e dos soldados
- »Wikileaks: ONU pede que Obama investigue tortura no Iraque
- »Pentágono exige que Wikileaks devolva documentos sobre Afeganistão
- »A guerra secreta dos EUA no Afeganistão
- »Julian Assange: O anjo vingador da internet
- Fonte: Revista Época
0 comentários:
Postar um comentário